Para que serve a terapia

A terapia é um momento que dedicamos a nós mesmos, para compreender melhor os nossos sentimentos, pensamentos e ações.

Ela colabora para superar as dificuldades que enfrentamos e nos sentir bem. O terapeuta, com suas experiências e conhecimentos busca ampliar nossa percepção, para encontrar novas possibilidades de ser.

Convivemos com pessoas que possuem valores e pontos de vista distintos dos nossos, passamos por dificuldades no relacionamento com os outros e com nós mesmos, isso faz parte do convívio humano, o simples fato de estar vivo já é uma condição para se criar e enfrentar problemas.

A terapia é um procedimento em favor de nosso bem-estar psíquico, agindo com relação ao que nos atormenta ou nos gera mal estar. Quando nos sentimos insatisfeitos com a vida que estamos levando, pode ser um bom momento para reavaliar o que estamos fazendo e melhorar a nós mesmos.

Deste modo, colabora para que cada pessoa se sinta bem consigo mesma, compreendendo e enfrentando os empasses que a vida nos traz, promovendo sua autonomia, sendo quem é e como quer ser. Para isso, incentiva a percepção de si, a autoaceitação e a expansão das possibilidades de ser e de se pronunciar no mundo.

Nenhuma pessoa se torna melhor seguindo regras de como deve ser e como agir em cada situação. Cada pessoa só se torna melhor sendo quem ela realmente é, tendo consciência de seus sentimentos, pensamentos e dos valores que tem perante a vida, enfrentando suas dificuldades de maneira autêntica com relação ao que sente e com suas buscas.

As "receitas prontas" por vezes criam máscaras e nos distanciam do que somos ou do que queremos ser. Ninguém melhor do que nós mesmos para saber o que para nós é saudável e nos gera bem estar e o que para nós gera mal estar e não é saudável, nosso corpo reflete o que sentimos. Nossas experiências de vida são valiosas fontes de sabedoria e possibilidades para mudar a realidade em que estamos presentes, isso deve ser levado em consideração.

O terapeuta faz uma leitura da pessoa atendida sem julgamentos, com respeito ao seu modo de ser e aceitação de sua história, suas dificuldades e seu momento presente; para compreender como cada pessoa é afetada por suas vivências. Todo diálogo terapêutico é sigiloso para que a pessoa atendida se sinta à vontade em expressar o que sente e quer.


Por 
Bruno Carrasco, terapeuta existencial.